Crianças da Comunidade São Vicente confeccionam jogos para treinar raciocínio lógico

A última semana do mês de junho foi marcada pelo recesso escolar para grande parte dos estudantes que residem na Comunidade São Vicente, no Centro Antigo. Mas, para 20 desses alunos, a folga foi dedicada aos estudos com o intuito de reforçar o ensino ministrado em sala de aula.

A Casa do Frei, sede social do projeto Caminhos do Frei idealizado e desenvolvido pelo Instituto Amazônia, abre as portas, aos sábados pela manhã, para as aulas de reforço que tem melhorado o desempenho de crianças e adolescentes nas disciplinas de matemática e português.

Mas na semana de ‘férias’, as terças e quintas-feiras foram dedicadas ao aprendizado na Casa do Frei. “Eles estão precisando de reforço. Os meninos estão com muita dificuldade em matemática. Então fizemos um estudo maior nessa área”, conta a pedagoga Lucimere Nunes.

Como forma de trazer as problemáticas das contas e dos cálculos de maneira mais atraente, mais simples e até mais próxima das crianças, a professora sugeriu a confecção de um jogo, utilizado por pedagogos, que desperta nos alunos o raciocínio lógico. O jogo é chamado “Trinta e Um”.

Nele, os participantes se alternam marcando um dos números do tabuleiro. Cada um que joga deve falar em voz alta a soma dos números escolhidos. Esse é o resultado parcial dos números marcados. Vence o jogador que conseguir obter o total de 31 pontos.

O jogo, simples e de fácil confecção, utilizando somente papel e tampas de garrafas de plástico, estimula o raciocínio lógico-dedutivo, a concentração, a criatividade, além de se mostrar um método eficaz na construção do conhecimento matemático. O aluno Raul Sena tem 12 anos de idade e diz não ser muito bom na disciplina de exatas. Porém, com apenas uma rodada do jogo, Raul já se destacou entre os colegas descobrindo, sozinho, técnicas para vencer a brincadeira de forma mais ágil.

“Descobri que quando chegava no número 24, qualquer outro número que o outro venha a colocar faz com que eu ganhe o jogo”, explica Raul Sena. As aulas de férias já acabaram, mas o jogo continuará sendo utilizado nas outras turmas, devido aos benefícios que já são perceptíveis nos alunos.

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